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Dívidas do Corinthians: Intenção de Pagamento ou Manobra Financeira?
Por Redação FuTimão em 06/02/2025 21:21
Corinthians e o Regime de Centralização de Execuções: Uma Análise Cética
A recente proposta do Sport Club Corinthians Paulista de aderir ao Regime de Centralização de Execuções (RCE) para liquidar um montante de R$367 milhões em débitos tem sido recebida com reservas por especialistas em finanças esportivas. Rodrigo Mattos, renomado analista, expressou seu ceticismo em sua coluna "Finanças do Esporte", questionando a real intenção do clube em honrar seus compromissos financeiros.
O RCE, em teoria, representa um passo positivo, sinalizando aos credores a disposição em quitar as dívidas. No entanto, a magnitude do esforço financeiro proposto pelo Corinthians levanta dúvidas. Segundo Mattos, "É uma boa notícia fazer o RCE. Em geral, o RCE é uma demonstração para o credor de que você quer pagar. Corinthians está dando uma demonstração de que quer pagar bem pouco." Essa declaração sugere que a quantia destinada ao pagamento das dívidas pode ser insuficiente, considerando a receita anual do clube.
A análise de Mattos prossegue com um cálculo que expõe a discrepância entre a capacidade financeira do Corinthians e o montante alocado para o RCE. "Se você ganha R$1 bilhão por ano, e está destinando 4%, são R$40 milhões por ano para pagar uma dívida de R$400 milhões. E tem outras dívidas", pondera o especialista, indicando que, mesmo com uma receita bilionária, o clube parece relutar em destinar recursos adequados para sanar suas obrigações.
Impacto dos Novos Contratos de TV: Nem Todos os Clubes Foram Beneficiados
Em outro ponto de sua análise, Rodrigo Mattos aborda os novos contratos de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Embora a maioria dos clubes tenha se beneficiado das novas negociações, o Flamengo emergiu como um ponto fora da curva, sofrendo perdas financeiras significativas.
De acordo com Mattos, "O Flamengo não se deu bem. Perdeu bastante dinheiro, perdeu uma perspectiva de R$ 80 milhões, por baixo." Essa perda considerável representa um revés para as finanças do clube carioca, que contava com uma receita maior proveniente dos direitos de transmissão.
A razão para essa disparidade reside, em parte, na revisão do modelo de distribuição das receitas do pay-per-view. "Tem o argumento de que o mínimo garantido que o Flamengo tinha no pay-per-view os outros clubes entendiam como injusto. Então, todos batalharam para bater esse mínimo - e conseguiram", explica Mattos, revelando que a pressão dos demais clubes resultou na diminuição da fatia destinada ao Flamengo.
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