Turbulência no Corinthians: Comissão de Justiça Investiga Denúncias Graves

Críticas à Gestão e Cobrança por Transparência

A Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians tem intensificado sua atuação fiscalizadora, cumprindo seu papel estatutário de monitorar a administração do clube. Sob a liderança de Romeu Tuma Jr., o órgão tem se dedicado a apurar denúncias e solicitações de esclarecimentos, buscando assegurar a integridade e a legalidade na gestão do clube.

Entretanto, a Comissão de Justiça expressa descontentamento com a postura da diretoria do Corinthians , que, segundo a comissão, tem consistentemente ignorado os pedidos de informações e esclarecimentos enviados tanto por ela quanto por outros órgãos de fiscalização. Essa falta de cooperação dificulta o trabalho de supervisão e levanta questionamentos sobre a transparência da gestão atual.

Leonardo Pantaleão, presidente da Comissão de Justiça, enfatizou ao UOL o compromisso inabalável do órgão com a legalidade, a transparência e a ética. "De toda forma, a Comissão de Justiça reafirma seu compromisso institucional com a legalidade, a transparência e a ética, e seguirá atenta e diligente no cumprimento de suas funções, sempre em defesa do nome, da marca e, sobretudo, da história do Sport Club Corinthians Paulista.", declarou Pantaleão, ressaltando que a Comissão permanecerá vigilante e atuante na defesa dos interesses do clube.

Denúncias de Cambismo e Apuração Interna

A Comissão de Justiça solicitou uma investigação interna minuciosa sobre o sistema de distribuição de ingressos do Corinthians . O objetivo é identificar possíveis irregularidades e evitar danos à reputação do clube, após as alegações de Marcelo Munhoes, ex-chefe de TI, sobre desvios no programa Fiel Torcedor.

Além disso, a comissão busca obter esclarecimentos detalhados sobre as declarações da diretoria em relação ao combate ao cambismo. A Comissão de Justiça requisitou informações específicas sobre a seguinte afirmação divulgada pelo clube em comunicado: "Todos os departamentos são obrigados a prestar contas sobre a emissão de ingressos, detalhando a carga disponibilizada e a justificativa para cada liberação, e que essas informações são apresentadas regularmente aos órgãos internos de fiscalização do Corinthians ".

O Conselho Deliberativo e suas comissões protocolaram aproximadamente 14 ofícios solicitando explicações da diretoria desde o início da gestão de Augusto Melo. Informações indicam que cerca de metade desses requerimentos ainda não foram respondidos, incluindo questionamentos sobre os contratos com a Ernest & Young, Alvarez & Marsal e Memphis Depay.

Investigação sobre Assédio Moral e Declarações Polêmicas

A Comissão de Justiça também está investigando uma denúncia de suposto assédio moral contra mulheres que trabalham no clube, supostamente praticado pelo gerente de futebol Fabinho Soldado. Diante da notícia divulgada pelo jornalista Renato Nalesso, conhecido como Kaskão, a comissão solicitou a convocação da Comissão das Mulheres e de Compliance para apurar o caso.

Outra questão sob análise é a conduta do diretor cultural Raul Corrêa da Silva, em decorrência de uma declaração controversa proferida durante sua participação no podcast Alambrado Alvinegro em março. Na ocasião, o dirigente afirmou que "Menino nasce ladrão e menina nasce vadia, esse é o Corinthians ". A Comissão de Justiça expressou repúdio à declaração e solicitou medidas institucionais, lembrando a postura da pasta ao criticar uma fala do ex-presidente Mário Gobbi sobre o uso de chinelos na sede social do clube.

Os quatro requerimentos foram encaminhados ao Conselho Deliberativo e posteriormente repassados à diretoria do clube no último final de semana. A Comissão de Justiça é atualmente liderada por Leonardo Pantaleão, que já atuou como diretor jurídico do Corinthians .

O UOL buscou um posicionamento do Corinthians sobre os requerimentos e se comprometeu a atualizar a matéria caso receba uma resposta.

A Comissão de Justiça pediu apuração interna do sistema de distribuição de ingressos. O intuito é analisar eventuais irregularidades e evitar prejuízos institucionais ao clube após denúncia de Marcelo Munhoes, ex-chefe de TI do clube, sobre desvios no programa Fiel Torcedor.

Também pediu esclarecimentos sobre as declarações da diretoria em relação às ações de combate ao cambismo. A Comissão de Justiça cobrou detalhes sobre a seguinte afirmação feita pelo clube em nota: "Todos os departamentos são obrigados a prestar contas sobre a emissão de ingressos, detalhando a carga disponibilizada e a justificativa para cada liberação, e que essas informações são apresentadas regularmente aos órgãos internos de fiscalização do Corinthians ".

O órgão ainda agiu diante da denúncia de suposto assédio moral contra mulheres que trabalham no clube praticado pelo gerente de futebol Fabinho Soldado. O documento solicita a convocação da Comissão das Mulheres e de Compliance diante da notícia veiculada pelo jornalista Renato Nalesso, conhecido como Kaskão, sobre o caso.

Por fim, a comissão solicitou apuração da conduta do diretor cultural Raul Corrêa da Silva por uma declaração polêmica. Em participação no podcast Alambrado Alvinegro neste mês de março, o dirigente afirmou que "Menino nasce ladrão e menina nasce vadia, esse é o Corinthians ". O órgão repudiou a afirmação e solicitou medidas institucionais, citando a postura da pasta ao criticar uma fala do ex-presidente Mário Gobbi sobre o uso de chinelos na sede social do clube.