Pedido de Impeachment contra Presidente do Corinthians

Movimento Reconstrução SCCP Formaliza Pedido de Impeachment

Em meio à turbulência no Campeonato Brasileiro, o Corinthians enfrenta mais um capítulo conturbado nos bastidores. Conselheiros do clube protocolaram, nesta segunda-feira (26), um pedido oficial de impeachment contra o presidente Augusto Melo.

Pedido de Impeachment Assinado por 90 Conselheiros

O documento, assinado por 90 conselheiros independentes que formam o Movimento Reconstrução SCCP, foi protocolado horas antes da reunião do Conselho de Orientação (CORI). Segundo o ex-presidente do Corinthians e porta-voz do grupo, Mário Gobbi, o movimento é "uma ação apartidária" que busca "deixar essas diferenças de lado e focar no bem maior, que é o Corinthians ".

Denúncias de Desmando e Falta de Gestão

"O Corinthians está no limite", afirma Gobbi. "Não suporta mais todo esse desmando, toda essa confusão e falta de gestão. É preciso organizá-lo o quanto antes, seja para o clube parar de sangrar, seja para que nosso time dê a resposta no campo e saia dessa situação no Campeonato Brasileiro que aflige a todos nós".

Investigações da Comissão de Ética

Além do pedido de impeachment, Augusto Melo também enfrenta investigações da Comissão de Ética do Corinthians sobre possíveis irregularidades em contratos de patrocínio com as empresas VaideBet e Pixbet. Também serão convocados para depor o 2º vice-presidente Armando Mendonça, o diretor administrativo Marcelo Mariano, entre outros.

Procedimento Administrativo Instaurado

O pedido de impeachment será analisado pelo presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians , Romeu Tuma Jr., que deverá encaminhá-lo à Comissão de Ética no prazo de cinco dias. "Acharam que há indícios que alguém pode ter infringido regra estatutária", afirmou Tuma Jr. "Recomendaram para mim que fosse para a Comissão de Ética, acolhi o parecer e encaminhei para a Comissão".

Afastamento de Dirigentes

Caso o procedimento de impeachment seja aprovado pelo Conselho, Melo será afastado do cargo até o julgamento pela Assembleia Geral do clube. "Para afastar um dirigente eleito, você tem que aprovar um procedimento de impeachment", explica Tuma Jr. "Esse processo precisa ser votado no Conselho, e aí, antes de ele ser julgado pela Assembleia Geral, fica afastado. Enquanto isso não acontecer, ninguém fica afastado".